A Izertis participa na Blockchain com a qual a União Europeia irá verificar os documentos dos cidadãos europeus
A União Europeia (UE) lançou o projeto de infraestrutura tecnológica destinado a garantir a veracidade e a rastreabilidade das credenciais dos cidadãos que compõem os diferentes países da UE, e que terá como um dos seus principais promotores a empresa espanhola Izertis.
A comissão envolve 50 parceiros de 20 países, incluindo a Fábrica Nacional de Moneda y Timbre (FNMT)
Esta iniciativa centrar-se-á principalmente em três áreas, como a educação (para proteger as identificações dos estudantes, os diplomas e os registos académicos), a segurança social (Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD) e caso de utilização do Documento Portátil A1) e os registos comerciais (identidade das entidades jurídicas).
A comissão envolve 50 parceiros de 20 países, incluindo a Fábrica Nacional de Moneda y Timbre (FNMT), a sua congénere francesa, La Poste, e a especialista espanhola em tecnologia de blockchain Izertis, que será um dos principais criadores. O resultado será uma solução que pode ser implementada em todos os Estados-Membros da UE e que será escalável, graças ao facto de, a médio prazo, também poder acolher outras integrações em grande escala propostas pela Comissão Europeia.
Intercâmbio de documentos digitais entre países
A solução, conhecida como EBSI-Vector, cujo desenvolvimento deverá demorar dois anos, tem por objetivo criar um sistema seguro, eficiente e descentralizado para a verificação e o intercâmbio de documentos digitais entre países.
"A transformação digital está a conduzir as entidades governamentais para um modelo aberto"
A tecnologia escolhida para o realizar foi a blockchain, com o objetivo de obter garantias suficientes de segurança, com as quais a informação pode ser verificada de forma ágil, e também com interconexões que permitem suportar grandes volumes de trocas na administração pública.
"A transformação digital está a conduzir as entidades governamentais para um modelo aberto, transparente, centrado no cidadão, descentralizado, multifornecedor e colaborativo que pode ser apoiado por tecnologias de ponta como a Blockchain", diz Nuria Rodriguez, Consultora de Inovação da Izertis.
"A ideia é que, dentro de alguns anos, este projeto impulsione uma Web3 europeia e coloque no mercado carteiras digitais (digital wallet) nas quais os cidadãos europeus possam guardar as suas credenciais educativas e profissionais", explica Rodriguez.
A colaboração entre organizações do setor público pertencentes à Associação Europeia de Blockchain, que exploraram credenciais verificáveis e registos descentralizados nos últimos três anos, com peritos empresariais e consultores políticos nos domínios da educação e da segurança social (participantes ativos em diferentes grupos de casos de utilização e projetos relacionados). Assim como com peritos académicos e técnicos, a maioria dos quais já fornece soluções compatíveis com o EBSI e tem uma vasta experiência de desenvolvimento e conceção, como garantia da consecução dos objetivos deste projeto.