Cabo Verde confia à Izertis o primeiro certificado sanitário digital de África
A nossa empresa ganhou o concurso lançado pelo Governo de Cabo Verde e pelo Banco Mundial para a criação de identificadores digitais pessoais (DID), no qual serão recolhidas toda a informação sanitária de pacientes nacionais e estrangeiros que se encontrem no país. O projeto poderá ser implantado graças à tecnologia blockchain, que permite a que cada pessoa seja a portadora dos seus dados de uma forma “única e imutável”.
Trata-se de um projeto financiado pelo Banco Mundial, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável de Cabo Verde, com o qual o organismo internacional pretende transformar o país num dos centros operacionais de referência do continente de forma a favorecer a evolução da sua economia “através de um ambiente empresarial baseado nas tecnologias de informação, comunicação e desenvolvimento da investigação”.
A consultoria, cuja produção de DID já se encontra em fase avançada, implementará um sistema de emissão de credenciais verificáveis – certificados sanitários digitais – único a nível internacional pelas suas características. Este sistema recolherá os dados clínicos dos habitantes e visitantes do país, unificando num único sistema os documentos para todas as administrações.
O paradigma da propriedade de dados pessoais mudaria desta forma, para pertencer individualmente a cada utilizador, permitindo-lhes gerir as suas credenciais a partir de um dispositivo móvel. Deste modo, o conceito de identidade auto-soberana (SSI) será posto em prática, o que evita depender de sistemas de terceiros para aceder à nossa própria informação.
"A implementação de um suporte digital como este significa um enorme passo para Cabo Verde, porque nos permitirá economizar milhões de dólares a nível administrativo, e facilitará o trabalho de todos os agentes envolvidos nos diferentes processos, tornando o trabalho administrativo no campo da saúde do nosso país infinitamente mais simples", como comenta o Governo de Cabo Verde.
A utilização da tecnologia blockchain proporcionará a todas as partes o acesso imediato aos dados registados na mesma. Tanto as instituições como as entidades de saúde poderão verificar em tempo real a documentação apresentada pelos utilizadores. Será também implementado na Rede Europeia de Blockchain da Alastria e no seu Sistema de Identidade Digital (IDI), com um sistema SSI. Por sua vez, será realizada uma integração com a plataforma de intercâmbio de dados do governo de Cabo Verde. Tudo isto com o objetivo de acelerar e otimizar os processos e reduzir significativamente o tempo e a carga de trabalho administrativo deste tipo de procedimento. A implementação realizada garantirá e controlará a utilização e o intercâmbio cibernético de informações através desta plataforma de interoperabilidade.
“Este projeto pode significar o sinal de partida para este tipo de soluções a nível internacional, uma vez que nos permite lançar a semente para unificar as administrações e agilizar significativamente a informação, não só para o sector da saúde, mas também como ponto de partida para a sua implementação num número significativo de administrações. O projeto permitirá a Cabo Verde tornar-se uma referência internacional", disse Urko Larrañaga, responsável da Blockchain na Izertis.