Neuroeye
Diagnóstico precoce da doença de Alzheimer através da retina
O projeto
Atualmente em Espanha padecem da doença de Alzheimer cerca de 800.000 pessoas, sendo 34% delas maiores de 85 anos. Esta percentagem elevada deve-se ao aumento da população envelhecida, e ao facto de se tratar duma doença em que a deterioração neuronal progride silenciosamente. As doenças neurodegenerativas iniciam-se muitos anos antes de se manifestarem os primeiros sintomas e muitas vezes quando se pode dar um diagnóstico é já demasiado tarde. A terapia será mais eficaz quanto mais precoce for o diagnóstico da doença. Para ajudar a dar solução a esse problema, surge o projeto Neuroeye.
Desafios
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Investigar métodos de diagnóstico com técnicas não invasivas
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Identificar lesões neurodegenerativas na retina
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Detetar padrões com Deep Learning
A solução
A Izertis, juntamente com o Instituto Oftalmológico Fernández-Vega (IOFV) e em colaboração com a Fundación de Investigación Oftalmológica (FIO), estão a investigar um novo método para diagnosticar precocemente doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer ou a Esquizofrenia através da observação da retina. Este tecido seria utilizado como parte acessível do sistema nervoso central, já que sofre dos mesmos processos degenerativos que o tecido nervoso cerebral.
A iniciativa tem sido conhecida como Neuroeye. Com a Neuroeye investiga-se um procedimento não invasivo para identificar lesões neurodegenerativas na retina e na córnea, diagnosticando assim doenças como a doença de Alzheimer.
Neste projeto colaborativo cofinanciado pela União Europeia, a Izertis é responsável pela parte tecnológica do projeto, através da análise das imagens e da deteção de padrões com base em técnicas Deep Learning. A iniciativa tem sido possível graças ao “treino” dos algoritmos, para detetar através da imagem da retina se pacientes têm uma doença neurodegenerativa.
O resultado
Este projeto estuda os diferentes padrões de lesões oculares em doentes de Alzheimer, utilizando métodos óticos disponíveis em todos os serviços de Oftalmologia, diferenciando lesões de Alzheimer de outras patologias relacionadas com o envelhecimento. Tais como, degeneração macular ou glaucoma. O projeto utiliza a inteligência artificial para comparar um grande número de variáveis. O sistema é baseado em algoritmos que aprendem a reconhecer padrões em imagens óticas da retina e da córnea. É graças a esta análise de imagem e dados que novos sistemas de deteção precoce podem ser investigados.