Alberto Álvarez Álvarez Head of Strategic Accounts Services

Como definir os KPIs de uma gestão de serviços?

Qualquer gestão de serviços que prestamos na Izertis aos nossos clientes, tem entre os seus principais objetivos a melhoria contínua do mesmo. “O que não se define não se pode medir. O que não se mede, não se pode melhorar. O que não se melhora, degrada-se sempre”. Esta frase atribuída ao célebre físico e matemático William Thomson Kelvin (Lord Kelvin, 1824 – 1907), resume na perfeição um princípio essencial para o nosso Centro de Gestão de Serviços.

Para além de termos um Acordo de Nível de Serviço detalhado e adaptado a cada organização, definimos sempre, em mútuo acordo com o cliente, um conjunto de KPIs (Key Performance Indicators) que são responsáveis por medir o desempenho deste. Estes indicadores, que também podem estar ligados a penalizações ou bonificações, garantem que as diretrizes estabelecidas são seguidas de forma contínua e que também mostram de forma clara aquelas áreas em que a melhoria é necessária.

Mas para que estes indicadores sejam um reflexo fiel da execução de um serviço devem estar  direcionados para medir as expectativas que se pretende alcançar, caso contrário, converter-se-ão em meros números estatísticos.

Diretrizes, definição e características dos KPIs

Então… como se devem definir os KPIs? Na Izertis e antes da apresentação de uma proposta de indicadores temos sempre uma conversa com a pessoa responsável pelo serviço no cliente e estabelecemos as diretrizes que irão originá-los. Entre outras questões levantadas estão:

  • Como deve ser percebido o serviço de suporte dentro da organização?
  • Os tempos de resposta a incidentes afetam todas as áreas de negócio de forma homogénea?
  • Qual é a definição de serviço de qualidade para o negócio?
  • Quais são os objetivos a médio e longo prazo para o serviço de suporte?

Uma vez obtidas as respostas a estas e outras perguntas, é o momento de definir os indicadores que, evidentemente devem ser “mensuráveis”, e ter um limiar de cumprimento atingível. Deve ter-se em conta que definir indicadores que sejam impossíveis de cumprir degradará a confiança entre cliente e fornecedor, por isso é aconselhável “testar” todos os KPIs durante um período de tempo suficiente para obter dados fiáveis sobre possíveis limites e volumes. Uma vez superado este período é o momento adequado para estabelecer penalizações e/ou bonificações que obviamente devem ser refletidos no Acordo de Nível de Serviço.

À medida que uma organização modifica os seus objetivos, o serviço de suporte deve adaptar-se a eles e é provável que até tenha que modificar os KPIs existentes.

Conclusão

A prestação de um serviço de suporte como a que presta o Centro de Gestão de Serviços da Izertis aos seus clientes, deve contar obrigatoriamente com uma série de indicadores que assinalem de forma objetiva se o serviço segue o caminho estabelecido e se também são capazes de medir a melhoria de forma contínua.

É essencial projetar adequadamente tais indicadores, “copiar e colar” (que não é o mesmo que “adotar e adaptar”) os indicadores definidos para outros serviços não são uma boa prática e podem trazer consequências nefastas para o relacionamento cliente-fornecedor.

Por último um pequeno conselho… os indicadores de prestação do serviço não devem ser uma pressão adicional para as pessoas que o executam. Deve-se definir uma forma de trabalhar que seja capaz de alcançar os limites estabelecidos e não cumpri-los a qualquer preço.